Após a CPI do Ônibus apontar falhas no contrato vigente desde 2012, o diretor-presidente do Consórcio Guaicurus, Themis de Oliveira, defende que apenas uma repactuação pode destravar melhorias no transporte público de Campo Grande. Segundo ele, o momento é ideal para uma negociação ampla entre prefeitura, Câmara e Ministério Público.
Themis explica que a repactuação permitiria corrigir o descumprimento de cláusulas, como a implantação dos corredores de ônibus e reformas nos terminais, além de otimizar a frota para reduzir custos e potencialmente diminuir a tarifa. O diretor destaca que o modelo já foi usado com sucesso na concessão da BR-163 e ressalta que a queda no número de passageiros após a pandemia alterou o equilíbrio financeiro dos contratos.
Ele também reforça a necessidade de um plano municipal de mobilidade urbana, que contemple vias exclusivas, integração dos modais e acessibilidade. Especialistas ouvidas pela CPI alertam que a cidade não foi projetada para o transporte coletivo, com vias inadequadas que favorecem o carro particular.
A CPI segue com novas oitivas para aprofundar o debate sobre a mobilidade em Campo Grande.