O Ministério Público Estadual abriu uma investigação para apurar o uso excessivo de diárias por vereadores da Câmara Municipal de Brasilândia, em Mato Grosso do Sul. Segundo denúncia recebida pelo promotor Adriano Barrozo da Silva, parlamentares estariam dobrando seus rendimentos mensais com os valores recebidos por viagens oficiais.
Em 2024, a presidente da Câmara, Maria Jovelina, conhecida como Jô Silva (PSDB), já recebeu R$ 67.982,25 em diárias, quantia superior ao total pago ao prefeito, vice e aos nove secretários do município. A denúncia, baseada em dados do Portal da Transparência, também faz comparação com Três Lagoas — município dez vezes maior —, onde o presidente da Câmara gastou apenas R$ 14.466,76 no mesmo período.
A reportagem apurou que, em 2025, o valor das diárias praticamente dobrou os salários líquidos dos vereadores, que atualmente recebem R$ 4.928,96 por mês. Apenas em diárias, Jô Silva recebeu uma média de R$ 4,1 mil mensais. Em fevereiro, ela acumulou R$ 6.054,75, valor idêntico ao recebido pelo primeiro secretário, Dr. Alexandre.
O MP requisitou que a presidência da Câmara envie toda a documentação referente às diárias pagas em 2024, para análise e possível responsabilização por mau uso do dinheiro público.