A ministra Cármen Lúcia, do STF e presidente do TSE, destacou durante conferência internacional na Costa Rica os riscos à democracia e a necessidade de reinventar práticas democráticas diante de novas realidades políticas, sociais e tecnológicas. Ela lembrou a tentativa de golpe de 2023 no Brasil, que marcou a maior ameaça institucional desde o fim da ditadura militar, ressaltando que o julgamento dos responsáveis evidencia a força da Constituição de 1988.
Insegurança democrática e plataformas digitais
Cármen Lúcia criticou a persistência de inseguranças democráticas na América Latina e o impacto das plataformas digitais, que moldam percepções políticas e ampliam discursos extremistas. Para ela, a sociedade precisa enfrentar o desafio da desinformação e da manipulação tecnológica para garantir processos eleitorais seguros.
Revisão de modelos e educação cidadã
A ministra defendeu a revisão dos modelos de democracia representativa, apontando que o modelo atual não atende às expectativas da população. Ela também enfatizou a importância da educação para a cidadania, confiança mútua e transparência como bases essenciais para a preservação do Estado de Direito e a proteção das liberdades democráticas.
