O presidente Lula decidiu que só afastará o ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, caso haja provas concretas de seu envolvimento nas fraudes do INSS. A operação da Polícia Federal e da Controladoria-Geral da União, realizada no dia 22 de abril, apura um esquema de descontos indevidos em aposentadorias, com prejuízo estimado em R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024. Apesar do desgaste político, Lupi não é formalmente investigado, mas fontes do governo admitem que ele “terá um caminho duro”.
Lupi reconheceu falhas internas no INSS e admitiu que houve demora na apuração das denúncias, que chegaram ao seu gabinete em junho de 2023. A investigação interna foi concluída apenas em setembro. A pressão aumentou com a demissão do presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, e o afastamento de servidores.
O ministro da CGU, Vinicius de Carvalho, anunciou a suspensão dos descontos por convênios com entidades e garantiu que os valores cobrados indevidamente serão ressarcidos, embora ainda não haja data ou formato definidos.
O clima no Conselho Nacional de Previdência Social foi descrito como “sóbrio e tenso”. Lula, por ora, mantém Lupi no cargo, aguardando desdobramentos das investigações.