A Polícia Federal realizou a segunda fase da Operação Magna Fraus, visando um grupo responsável por desviar R$ 813 milhões de reservas financeiras usadas para transferências via Pix. A ação contou com cooperação internacional da Interpol, alcançando detenções no Brasil, Argentina e Espanha. Ao todo, 19 pessoas foram presas, 42 mandados de busca e apreensão cumpridos e 26 de prisão executados.
Bens e valores de até R$ 640 milhões foram bloqueados, incluindo veículos, joias, armas e aproximadamente R$ 1 milhão em criptoativos.
O ataque hacker começou em um quarto do hotel Royal Tulip, em Brasília, entre 30 de junho e 1º de julho. Parte do grupo fugiu para a Europa e outro grupo fretou um avião para a Argentina.
O Banco Central confirmou que o sistema Pix não foi invadido, e nenhum cliente sofreu prejuízo; o roubo ocorreu apenas das reservas das instituições financeiras.
Segundo a PF, o grupo tinha funções especializadas: hackers realizavam invasões, movimentavam valores em criptoativos e lavavam dinheiro no Brasil e no exterior. Na primeira fase da operação, em julho, dois suspeitos foram presos e criptoativos equivalentes a R$ 5,5 milhões foram apreendidos.
Investigações já bloquearam aproximadamente R$ 32 milhões em contas e ativos relacionados ao grupo. A ação é considerada o maior ataque hacker contra o sistema financeiro brasileiro, revelando a sofisticação de organizações criminosas que operam com ativos digitais.
