domingo, 22/12/2024

Fundect apoia preservação das águas em MS investindo em projetos de pesquisa

A Fundect (Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia do Estado de Mato Grosso do Sul), órgão do Governo do Estado responsável pela gestão dos investimentos em ciência, tecnologia e inovação em Mato Grosso do Sul, e ligado à Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), está investindo em projetos que ajudam a preservar os recursos hídricos locais. 

No Dia Mundial da Água, de um total de R$ 180 milhões investidos em projetos de pesquisa, a Fundect destaca cinco iniciativas ligadas diretamente ao estudo e preservação dos recursos hídricos de Mato Grosso do Sul. São projetos inovadores que envolvem reciclagem de produtos, análises ambientais, melhorias no planejamento urbano, além de estudos sobre o pantanal.  

“Por meio de nossos editais, como o Carbono Neutro, nós temos realizado esforços para garantir que os investimentos em tecnologia cheguem a todas as áreas do Estado. Não é diferente com a preservação de nossas águas. Nós da Fundect temos um compromisso de promover a pesquisa científica como ferramenta fundamental para o desenvolvimento, e isso inclui a gestão sustentável dos recursos naturais”, explica Márcio de Araújo Pereira, presidente da Fundect.

Conheça os projetos

Infraestruturas Verdes e Azuis nas Cidades

Coordenado por Paula Loureiro Paulo (UFMS), especialista em Engenharia Sanitária e Ambiental e líder do grupo de pesquisa do CNPq ‘Saneamento Focado em Recursos’, o projeto propõe a utilização das águas urbanas alternativas para fortalecer infraestruturas verdes (como plantações nas ruas, conservação de áreas e florestas, além de agricultura urbana) e azuis (que incluem lagos, rios urbanos, mangues, baías, dentre outros). 

A estratégia inclui o tratamento de efluentes – líquidos resultantes do descarte do esgoto – para reutilização da água em atividades não potáveis, aliando-se às águas pluviais. Um dos objetivos do projeto é reduzir a demanda de produção e tratamento de água pelas concessionárias de saneamento, além de aumentar a segurança hídrica das comunidades urbanas.


Identificação de Micro-organismos Bioindicadores em Bonito/MS

Alinne Pereira de Castro (UCDB) lidera uma pesquisa que emprega DNA metagenômico (material genético recuperado diretamente de amostras ambientais) para identificar micro-organismos bioindicadores de qualidade ambiental em Bonito (MS). 

O estudo deve fornecer dados cruciais para a preservação dos recursos naturais, particularmente importantes em uma região onde o ecoturismo é vital para a economia local. 

A análise da microbiota (conjunto de organismos que habitam um ecossistema) associada ao sedimento e à água superficial das bacias cênicas ajuda a avaliar a sensibilidade desses ecossistemas e contribui para o estabelecimento do turismo sustentável.


Avaliação dos Impactos dos Microplásticos na Cadeia Trófica

Sob a coordenação do professor Luiz Ubiratan Hepp (UFMS), o projeto investiga a existência de microplásticos na cadeia trófica aquática (onde estão o fitoplâncton, plantas microscópicas e bactérias) em Mato Grosso do Sul. 

O foco do projeto são os riachos das bacias hidrográficas dos rios Verde e Sucuriú para  compreender os efeitos dos poluentes nos organismos vivos presentes nas águas. Além disso, pretende-se desenvolver estratégias de gestão e conservação dos recursos hídricos.


Estudo da Dinâmica Hidrossedimentar no Pantanal Sul-mato-grossense

Com a orientação do professor Aguinaldo Silva (UFMS), o projeto estuda as mudanças ambientais no Pantanal ao longo do Período Quaternário e a dinâmica dos sistemas fluviais na região. Como uma das principais áreas úmidas do planeta, o Pantanal enfrenta desafios significativos relacionados à preservação ambiental, tornando a pesquisa crucial para compreender e proteger o lugar.


Uso de resíduos de chás e erva-mate como absorvente no tratamento de água 

Também pode ser destacado o projeto da professora Silvanice Aparecida Lopes dos Santos (UFMS). A pesquisa se propõe a estudar as possibilidades de uso de resíduos de chás e erva-mate como adsorventes no tratamento de água.

A ideia oferece soluções para a preservação ambiental e promove o aprendizado científico e tecnológico, incentivando a formação de profissionais capacitados para enfrentar os desafios do desenvolvimento sustentável no Estado.

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