O mercado de feijão no Brasil atravessa um momento de contrastes. Enquanto as exportações alcançam níveis recordes, o consumo interno segue enfraquecido. Em setembro, o país exportou 85,4 mil toneladas, com destaque para Mato Grosso como principal estado exportador. No acumulado de 12 meses, os embarques somam 488,4 mil toneladas — maior volume já registrado.
A Índia responde por mais da metade das importações brasileiras, consolidando-se como o maior comprador. Apesar do bom desempenho externo, o mercado interno enfrenta dificuldades. A intensificação das chuvas em outubro, especialmente no Paraná, impacta a logística e a demanda.
No mercado do feijão carioca, os preços caíram em diversas praças. Em Sorriso (MT), a saca recuou mais de 6%, e em Belo Horizonte (MG), cerca de 4,6%. O cenário é semelhante para lotes de qualidade inferior, refletindo baixa liquidez e procura contida.
Já o feijão preto apresentou leves ajustes após a valorização de setembro. Em Curitiba (PR), a queda foi de 2,3%. No entanto, Itapeva (SP) registrou valorização de 6,3%, destoando da tendência nacional.