Em visita oficial à China, nesta terça-feira (13), o presidente Lula afirmou que Brasil e China estão dispostos a se opor conjuntamente ao protecionismo e ao unilateralismo nas relações comerciais globais. Ao lado do presidente Xi Jinping, Lula destacou que guerras comerciais “não têm vencedores”, apenas consequências negativas como a elevação de preços e a corrosão da renda dos mais pobres.
Sem mencionar diretamente os Estados Unidos ou Donald Trump, Lula criticou a instabilidade provocada por disputas tarifárias, defendendo um comércio internacional mais justo e regulado pela Organização Mundial do Comércio (OMC). “A defesa intransigente do multilateralismo é urgente e necessária”, disse.
Lula também abordou a necessidade de reformas na ordem internacional e condenou conflitos armados, como os que ocorrem na Palestina e na Ucrânia. Para ele, o fim das guerras é condição essencial para o desenvolvimento global.
Durante o encontro, os líderes discutiram investimentos em infraestrutura, sustentabilidade e energia. Lula citou a parceria no lançamento de novos satélites para uso agrícola e ambiental, além do fortalecimento da cooperação entre os bancos centrais. Ele ressaltou que a relação Brasil-China “nunca foi tão necessária”.