A Azul Linhas Aéreas protocolou um pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos por meio do Chapter 11, legislação americana que permite a reestruturação de dívidas. A decisão foi confirmada por fontes próximas à companhia ao Estadão e ocorre após meses de resistência por parte da empresa, que buscava alternativas fora do Judiciário.
Em outubro de 2024, a Azul havia anunciado um plano de recuperação extrajudicial. Na ocasião, o CEO John Rodgerson declarou que a empresa não enfrentava os problemas típicos que levam ao Chapter 11. No entanto, o cenário financeiro da companhia se deteriorou nos últimos meses.
Na semana passada, a agência S&P Global rebaixou a nota de crédito da Azul de CCC+ para CCC-, acendendo alerta no mercado. Além disso, casas de análise como Ágora Investimentos e Bradesco BBI passaram a recomendar cautela com as ações da empresa.
A medida segue os passos da Gol, que recentemente teve seu plano de recuperação aprovado pela Justiça americana. Com o pedido, a Azul tenta reorganizar sua estrutura financeira e garantir a continuidade de suas operações. A expectativa é que a empresa também busque novos financiamentos durante o processo.