Quase metade dos jovens que recebiam Bolsa Família deixou o Cadastro Único entre 2012 e 2024, segundo estudo do Instituto Mobilidade e Desenvolvimento Social (Imds). A pesquisa acompanhou 15,5 milhões de jovens e mostrou que 48,9% alcançaram autonomia financeira suficiente para não depender mais da rede de proteção social. Outros 17,6% continuam no Cadastro Único, mas sem receber o benefício, indicando melhora na renda familiar.
O levantamento também revelou que fatores como escolaridade dos responsáveis, alfabetização precoce e inserção no mercado formal de trabalho foram determinantes para a saída do programa. Em contrapartida, jovens pretos e pardos e famílias em moradias precárias apresentaram maior permanência no sistema.
Os resultados indicam que políticas públicas voltadas à educação e à geração de emprego são fundamentais para romper o ciclo da vulnerabilidade social. O estudo reforça ainda que a mobilidade econômica está associada à combinação de fatores individuais e contextuais, como tempo de permanência no programa e renda familiar inicial.
