O presidente Lula (PT) vetou partes do projeto aprovado pelo Congresso que promovia alterações na Lei da Ficha Limpa. A proposta reduziria prazos de inelegibilidade e teria efeito retroativo, o que poderia beneficiar nomes como os ex-governadores José Roberto Arruda (PL-DF), Anthony Garotinho (RJ) e o ex-deputado Eduardo Cunha (RJ).
O projeto previa que o período de inelegibilidade passasse a ser unificado em oito anos, contados a partir da condenação. Contudo, com o veto, Lula barrou a aplicação da nova regra a condenações anteriores. Segundo o Palácio do Planalto, o veto foi necessário para preservar os princípios da moralidade e da probidade na administração pública.
A decisão deve enfrentar resistência no Congresso, que ainda pode derrubar o veto. Ainda assim, a medida foi bem recebida por entidades que defendem o combate à corrupção.
