Um relatório do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) indica que a fadiga dos pilotos pode ter sido um fator determinante no acidente com o voo 2283 da Voepass, em agosto de 2024, que resultou na morte de 62 pessoas.
A auditoria identificou que as escalas de trabalho da companhia reduziam significativamente o tempo de descanso da tripulação, o que comprometeria a concentração e os reflexos dos profissionais. Além disso, a empresa não controlava adequadamente a jornada de trabalho e descumpria normas previstas na Lei dos Aeronautas e na Convenção Coletiva de Trabalho.
As infrações resultaram em dez autos de multa, somando R$ 730 mil. A Voepass também foi notificada por não recolher mais de R$ 1 milhão ao FGTS dos funcionários.
A ANAC suspendeu as operações da companhia em março de 2025 e cassou sua certificação em junho. A empresa está em recuperação judicial desde abril. Procurada, a Voepass não se manifestou.