Diante da crescente pressão do ex-presidente Donald Trump e da extrema direita norte-americana, o governo Lula tem se aproximado de presidentes de direita na América do Sul. A movimentação visa evitar um possível cerco diplomático e político na região, semelhante ao antigo “Grupo de Lima”, agora com o Brasil como alvo.
O Palácio do Planalto avalia que Trump busca interferir na política brasileira, especialmente com foco nas eleições de 2026. Recentes críticas de Washington aos direitos humanos no Brasil e sanções contra membros do governo reforçaram essa percepção.
Como resposta, Lula recebeu o presidente equatoriano Daniel Noboa e prepara encontro com José Raúl Mulino, do Panamá. Também sinalizou respeito ao processo eleitoral boliviano, mesmo com a exclusão da esquerda do segundo turno.
O objetivo é estabelecer pontes independentemente das orientações ideológicas, garantindo estabilidade regional e cooperação em temas como segurança, comércio e infraestrutura. A diplomacia brasileira aposta em diálogo e integração como antídoto ao avanço de uma nova onda conservadora com apoio externo.