O projeto da Ferrogrão, ferrovia de 933 km que pretende interligar Sinop (MT) a Itaituba (PA), segue parado após dois anos desde sua inclusão no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do governo Lula. A obra, vista como estratégica para o escoamento da produção agrícola do Centro-Oeste, enfrenta um impasse jurídico no Supremo Tribunal Federal (STF), onde uma ação do PSOL questiona o impacto ambiental no Parque Nacional do Jamanxim.
O traçado original, que cortava a reserva federal, foi alterado para evitar a área protegida, mas ainda há resistência, principalmente do Ministério do Meio Ambiente. A licença ambiental especial, que poderia agilizar o processo, ainda não foi solicitada, gerando dúvidas sobre o enquadramento da obra.
O Ministério dos Transportes defende que o projeto está pronto e afirma que o leilão pode acontecer em 2026, com objetivo de diminuir a dependência da rodovia BR-163 para o transporte de grãos. Já o PSOL alerta para riscos ambientais e pede uma análise mais rigorosa antes do avanço.
A decisão do STF é aguardada para definir o futuro da ferrovia, enquanto o governo tenta destravar um investimento considerado fundamental para a infraestrutura logística do país.