A deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) denunciou nesta quarta-feira (16) que teve sua identidade de gênero negada pelo governo dos Estados Unidos durante a emissão de visto diplomático. Segundo Hilton, o consulado norte-americano em Brasília registrou seu gênero como masculino, desconsiderando documentos oficiais brasileiros que reconhecem seu gênero feminino.
A parlamentar participaria da Brazil Conference at Harvard & MIT 2025, em missão oficial da Câmara dos Deputados. Ela afirma que o episódio é resultado direto do decreto assinado por Donald Trump em janeiro, que determina o reconhecimento de apenas dois gêneros biológicos pelo Estado americano.
“É transfobia de Estado. Trump transformou o governo americano em máquina de perseguição a minorias”, declarou Erika. Em 2023, a deputada teve visto emitido com o gênero correto. Agora, com as novas diretrizes, afirma ter acionado o Itamaraty e articula uma ação jurídica internacional contra Trump e seu governo.
Hilton também acusa os EUA de violar a soberania brasileira ao ignorar documentos oficiais. “É uma política higienista e desumana que desrespeita não só pessoas trans, mas o próprio Brasil”, afirmou.