O ano de 2025 está prestes a ser o pior de toda a história no combate à dengue, segundo Alexandre Naime Barbosa, infectologista e coordenador científico da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI). O Estado de São Paulo, nas primeiras cinco semanas de 2025, registrou mais de 116 mil casos prováveis da doença, um aumento alarmante em comparação ao mesmo período de 2024. Até agora, foram confirmados 25 óbitos, com 162 ainda sob investigação.
O especialista destaca que as condições climáticas favoráveis à proliferação do mosquito Aedes aegypti, como chuvas frequentes e altas temperaturas, agravam o cenário. Além disso, a circulação do sorotipo 3 do vírus, que não estava presente no Estado há décadas, contribui para o aumento de casos, especialmente em áreas como Araçatuba e São José do Rio Preto.
Com uma grande parte da população suscetível ao vírus, a expectativa é de que os números continuem a crescer, refletindo o pior quadro epidêmico da história. Barbosa alerta sobre a importância de ações preventivas, como a eliminação de focos do mosquito e o uso de repelentes, especialmente para os grupos mais vulneráveis, como crianças e idosos.
O especialista alerta para a necessidade de uma maior conscientização da população sobre os riscos da dengue, uma doença que, apesar de ser frequentemente subestimada, continua a causar mortes no Brasil.