Dizem que a listagem dos contatos recuperados demorou. Além de gerar verdadeiro catálogo com inúmeras garotas de programa, cafetinas e cafetões que atuam na capital sul-mato-grossense e cidades vizinhas entre os contatos mais comuns.
Numa das conversas teria resultado em vários gigabytes de imagens de acompanhantes “apresentadas” a terceiros como demonstração de boa vontade ou gratidão. Contudo nada saía do bolso dos luxuriosos. O dinheiro obtido em esquema de corrupção aparentemente bancava toda rotina de luxúria. Para abrigar todos os encontros rotineiros, o grupo chegava a reservar “permanentemente” suítes em motel da Capital.
Assim como faziam com demais fornecedores, os integrantes do esquema deixaram documentado nos celulares a proximidade com empresários do setor de motel em Campo Grande que tem loja nas imediações do Parque dos Poderes.
Numa das conversas recuperadas, sujeito reclama com dono de motel em Campo Grande porque alugou a suíte predileta. “De quinta pra frente você sabe que essa suíte é minha. Pode por preço aí que eu pago. Vou fechar essa p** de quinta até domingo e deixar minhas p** de plantão lá dentro”, diverte-se.
Na hora do pagamento, as mensagens revelam como dinheiro público desviado em esquema de corrupção seria usado: “Fecha lá esse mês e me passa o valor. Depois vou avisar e você pega lá naquele depósito que te falei. Pode mandar seu menino lá receber que ele já tem esse saldo aí pra gente usar, entendeu?”.
No dia seguinte, segundo os registros, o mesmo sujeito repete rotina matinal de posts com motivos religiosos, defesa dos valores familiares e reclamação sobre o “mal da corrupção que assola o povo brasileiro”.