A influenciadora digital Virgínia Fonseca negou, nesta terça-feira (13), à CPI das Bets, que tenha lucrado com as perdas de seguidores em jogos de aposta. O depoimento ocorreu a pedido da relatora, senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS), e teve como foco os contratos da influenciadora com empresas como Blaze e Esportes da Sorte.
Virgínia garantiu que seus contratos não preveem ganhos atrelados a prejuízos dos usuários. “Nunca teve isso no contrato”, afirmou, desmentindo uma reportagem da revista piauí. Ela disse que, se a empresa lucrasse mais, havia apenas uma cláusula padrão que previa aumento em sua comissão — sem relação com perdas de apostadores.
A influenciadora também se comprometeu a enviar os contratos à CPI. A senadora Thronicke, no entanto, criticou a ausência de alertas mais claros nas publicações da influenciadora, como os exigidos pelo Conar. Virgínia alegou cumprir todas as normas e destacou que incentiva o jogo responsável.
Ela afirmou não ter conhecimento prévio das investigações contra a Esportes da Sorte, alvo de operação por suspeita de lavagem de dinheiro. A CPI apura irregularidades no setor de apostas e o papel dos influenciadores na promoção de jogos online. Virgínia prestou depoimento amparada por habeas corpus do STF.