Nos últimos anos, o Brasil viu um aumento no comércio de agrotóxicos ilegais, alimentado pela facilidade de compra online e pelo contrabando de produtos proibidos, especialmente do Paraguai. Estima-se que 25% dos agrotóxicos no país sejam irregulares, e a Polícia Federal apreendeu em 2023 mais de 575 toneladas de insumos ilegais. O crime organizado, incluindo grupos como o PCC, tem se envolvido ativamente no mercado, aproveitando as rotas de transporte para o tráfico de produtos como o paraquat, substância proibida desde 2020.
Além do baixo custo, a falta de fiscalização nas fronteiras e plataformas de vendas facilita o acesso a esses insumos. Em redes sociais e marketplaces, é possível encontrar ofertas de agrotóxicos ilegais que chegam a todo o país. Especialistas apontam que o controle das plataformas digitais deveria ser mais rigoroso, com ações preventivas para retirar produtos irregulares.
O uso de agrotóxicos ilegais, além de representar riscos à saúde, também gera graves impactos ambientais devido ao descarte inadequado das embalagens.