Os prêmios de exportação da soja brasileira estão em alta, impulsionados por uma combinação de fatores como demanda externa aquecida, câmbio favorável e tensões comerciais entre China e Estados Unidos. A valorização, que contrasta com os patamares negativos de 2023, reforça o momento atrativo para os produtores considerarem a comercialização antecipada.
Segundo Carlos Cogo, da Cogo Consultoria, os prêmios positivos atuais podem se manter até o início de 2026. No entanto, ele alerta: um eventual acordo comercial entre os EUA e a China pode redistribuir as compras chinesas e pressionar negativamente os prêmios futuros. “É uma boa hora para fixar preços e garantir rentabilidade”, recomenda.
Consultores também observam sinais de enfraquecimento nos prêmios em comparação com abril. Atualmente, giram em torno de 50 pontos para embarques em junho, frente aos quase 100 pontos registrados no mês anterior. A comercialização de maio praticamente se encerrou, com um volume embarcado estimado em 15,4 milhões de toneladas.
Apesar do cenário positivo, a tendência é de queda sazonal no segundo semestre. A entrada da nova safra, prevista para fevereiro de 2026, pode acentuar essa retração. Especialistas orientam cautela e análise de mercado para aproveitar o momento favorável sem descuidar dos riscos futuros.Anexar