A Human Rights Watch (HRW) e outras organizações da sociedade civil condenaram, nesta quarta-feira (30), as sanções aplicadas pelo governo dos Estados Unidos contra o ministro do STF Alexandre de Moraes. A medida, baseada na Lei Magnitsky, inclui bloqueio de ativos e proibição de transações com empresas americanas. Segundo a HRW, tais sanções configuram uma clara interferência na independência judicial do Brasil, pilar essencial da democracia.
A Transparência Internacional classificou o uso seletivo da lei para fins políticos e econômicos como “alarmante e inaceitável”. A Associação Brasileira de Imprensa (ABI) também declarou apoio ao ministro, ressaltando que ataques a figuras públicas essenciais ameaçam a soberania nacional e os valores democráticos.
As medidas americanas ocorrem após investigações conduzidas por Moraes sobre suposta interferência do deputado Eduardo Bolsonaro nos EUA para retaliações contra o governo brasileiro e o STF. Apesar das sanções, especialistas avaliam que o impacto direto sobre Moraes será mínimo, já que ele não possui bens ou vínculos financeiros nos EUA.