Na cidade de Malhada, sudoeste da Bahia, um pirarucu de 92 Kg e 2,15 metros foi pescado na Lagoa do Mucambo, apenas 40 dias após outro peixe da mesma espécie, de 80 Kg, ter sido capturado no rio São Francisco. A captura exigiu o esforço de cinco pescadores, que pretendem vender o peixe. O pirarucu (Arapaima gigas) é um dos maiores peixes de água doce do mundo, podendo atingir até 3 metros e 200 quilos. Natural da Amazônia, a espécie é carnívora e alimenta-se de outros peixes e crustáceos.
Entretanto, fora do seu habitat natural, o pirarucu é considerado exótico e representa risco à fauna local. Por não ter predadores naturais nas bacias onde foi encontrado, pode desestabilizar o ecossistema e ameaçar espécies nativas. Esse fenômeno não é exclusivo da Bahia: em 2022, pirarucus foram capturados no Rio Grande, na divisa entre São Paulo e Minas Gerais, despertando alerta entre especialistas. Eles destacam a necessidade de monitoramento para evitar impactos ambientais negativos decorrentes da presença desses peixes em novos ambientes.
