O procurador-geral da República, Paulo Gonet, fez um gesto claro ao Alto-Comando do Exército ao pedir a condenação dos militares envolvidos na tentativa de golpe para impedir a posse de Lula. Entre eles está o tenente-coronel Mauro Cid, que, segundo o PGR, não deve receber perdão judicial, mesmo sendo delator. Sua colaboração foi considerada “involuntária”, já que provas decisivas vieram de e-mails apagados apenas parcialmente.
Caso condenado a mais de dois anos, Cid será automaticamente excluído da Força, como prevê o regulamento. Gonet, ao endossar isso, atende ao desejo do Exército de afastar os responsáveis por atacar a hierarquia e tentar emparedar o Alto-Comando. Nos bastidores, o militar é tratado como “crápula”.
Diálogos interceptados mostram oficiais tentando convencer coronéis a desafiar generais. A exclusão sumária dos envolvidos deve reforçar a autoridade dos comandos e estancar a ruptura da disciplina militar.