O jornalista Renan Lopes Gonzaga (36) teve sua prisão em flagrante convertida em preventiva durante audiência de custódia realizada nesta quinta-feira (4), em Campo Grande. Ele é acusado de estuprar um menino de 11 anos. A Justiça entendeu que a manutenção da prisão é necessária para o andamento das investigações.
Segundo a Polícia Civil, o menino passou a noite no apartamento de Renan, onde teria consumido bebidas alcoólicas e energéticos. Em depoimento, o garoto confirmou os abusos e afirmou que o jornalista costumava atrair outras crianças para o local.
A mãe da criança registrou boletim de ocorrência após o filho desaparecer. Ele retornou para casa em um carro de aplicativo e revelou o endereço onde passou a noite. O suspeito foi preso em flagrante, e equipamentos como celulares, câmeras e notebooks foram apreendidos para perícia.
A defesa nega as acusações e anunciou que vai pedir habeas corpus. Também informou que familiares do jornalista estão sendo ameaçados online e tomará providências legais.
Leia abaixo a íntegra da nota da defesa do jornalista:
“O custodiado, ele é primário, tem bons antecedentes, ele tem residência fixa, ele tem ocupação, então ele preenche todos os requisitos legais para poder aguardar o investigações e uma futura ação penal em liberdade, porque ele não colocaria em risco a investigação, mas infelizmente a magistrada entendeu diferente nesse primeiro momento e converteu a prisão em flagrante em prisão preventiva. O que nós podemos falar é que ele nega todos os fatos, nós não podemos dar mais detalhes, até porque é um processo que corre em segredo de justiça, mas ele nega veementemente esses fatos. Inclusive a mãe, que não tem nada a ver com os fatos ora objetos dessa prisão estão recebendo ameaças através de redes sociais. Nós vamos orientar a família a registrar boletim de ocorrência contra todas essas pessoas que vem proferindo essas ameaças contra eles”.