A inflação no Brasil, que já superou o teto da meta do governo, continua a se espalhar pela economia, impulsionada por fatores como a alta dos alimentos e a desvalorização do real. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumulou alta de 4,76% em 12 meses até outubro, impactando diretamente o bolso dos consumidores.
Especialistas apontam que o clima adverso e a disparada da carne bovina, somados à queda do real em relação ao dólar, têm pressionado os preços. Embora o cenário inflacionário seja desconfortável, economistas não consideram que haja descontrole, mas admitem que a situação exige atenção. Para tentar conter a alta, o Banco Central aumentou os juros para 11,25% ao ano.
Com a economia aquecida, o desemprego em baixa e o mercado de trabalho em alta, os repasses de preços se intensificaram. Em outubro, 62% dos itens do IPCA apresentaram aumento de preços, com destaque para os alimentos, que puxaram a alta.
Para os próximos meses, a expectativa é de que a inflação continue pressionada, com os efeitos da seca e da moeda ainda sendo sentidos.