O IML do Rio de Janeiro identificou 100 das 121 pessoas mortas durante a Operação Contenção, realizada nos complexos do Alemão e da Penha contra o Comando Vermelho. Todos os corpos passaram por necropsia, porém os laudos oficiais só devem ser divulgados em um prazo de 10 a 15 dias úteis.
Até o momento, 60 corpos já foram liberados para sepultamento, segundo informações divulgadas por deputados federais e estaduais em visita ao IML da capital na quinta-feira (30).
O governo federal enviará 20 peritos criminais da Polícia Federal ao Rio de Janeiro, além de mobilizar entre 10 e 20 peritos da Força Nacional de Segurança Pública para reforçar os trabalhos de perícia.
Os profissionais atuarão na análise de locais de crime, balística, genética forense, medicina legal, necrópsia e identificação de corpos, oferecendo suporte técnico às forças de segurança estaduais.
A Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro protocolou, também na quinta-feira, pedido no Supremo Tribunal Federal (STF) para que o Núcleo de Investigação Defensiva (NIDEF) tenha acesso ao IML e possa acompanhar as perícias oficiais.
Segundo a defensora pública Rafaela Garcez, a participação do NIDEF não tem caráter de responsabilização, mas visa colaborar e qualificar os procedimentos periciais.
“O objetivo é enriquecer a apuração com análises distintas, especialmente porque muitos locais não foram preservados, apesar das exigências do STF”, destacou Garcez.
A ação busca garantir mais transparência e precisão na identificação e investigação dos mortos, somando esforços técnicos entre órgãos federais e estaduais.
