O nome do vereador Dr. Lívio Leite (União Brasil) ganhou força para assumir a presidência da CPI do Transporte Coletivo. O parlamentar, autointitulado independente, conta com o apoio do presidente da Casa, Papy (PSDB), que busca um nome moderado para emplacar na presidência e, portanto, busca uma opção menos danosa ao Consorio Guaicurus e a prefeitura de Campo Grande.
Presidente da comissão permanente de Transporte e Trânsito, Dr. Lívio apresentou um dos requerimentos para abertura da CPI, O vereador defende que a prefeitura seja incluída nas investigações da Comissão Parlamentar de Inquérito. Lívio não tinha assinado inicialmente o requerimento apresentado pelo vereador Júnior Coringa (MDB).
“O contrato é prefeitura e consórcio. A gente vai colocar à luz as responsabilidades do que é de um e do que é de outro. E fazer um relatório embasado, tecnicamente embasado, e caminhar pros órgãos de controle que vão fazer exigir as responsabilidades. E esse é o ponto”, comentou Dr Lívio.
O presidente da comissão parlamentar de inquérito é o responsável por conduzir os trabalhos de investigação. É ele que irá determinar as fases que o colegiado vai seguir e o ritmo dos trabalhos, por isso a importância do posto.
A relatoria, segundo as informações mais recentes da articulação entre os 5 membros da comissão, deve ficar com o PP, portanto, com Maicon Nogueira, indicado do partido.
“Fico muito grato pela indicação dos meus pares do PP. De uma maneira muito responsável, vou fazer o meu melhor dentro dessa comissão. E o PP tem tamanho de ser presidente ou relator. Então, a gente vai brigar, possivelmente, pela relatoria dessa CPI”, comentou Maicon Nogueira.
O relator é quem prepara o parecer final, após os trabalhos serem realizados pelos 5 membros. É nessa peça que são sugeridos indiciamentos ou não. É um cargo chave para garantir que as investigações atinjam aqueles que eventualmente tenham cometido irregularidades. A definição dos nomes será oficializada na semana que vem.
O PL (Partido Liberal), que tem três vereadores, definiu Ana Portela como integrante da comissão. A vereadora já faz parte da comissão permanente de Transporte e Trânsito e foi definida para integrar a investigação contra o Consórcio.
“O que o povo quer hoje em dia? Transporte de qualidade. É só isso. E entender realmente por que o consórcio não consegue entregar esse serviço para a ponta. O que a gente faz aqui nessa casa todo ano, os vereadores mais antigos? Eles fazem essa inserção de ICSS para o consórcio, fazem o que é possível que está ao nosso alcance, mas aí na hora que a gente vai e cobra, eles não conseguem explicar o porquê que esse serviço não chega para a população. Por que não aumenta a frota, por que não tem ar-condicionado. É só isso que a gente vai descobrir e essa CPI vai servir para isso”, comentou Ana Portela.
O PT e o PSDB devem indicar em breve os nomes que vão compor a Comissão parlamentar de inquérito. No partido dos trabalhadores, os três vereadores interesse em representar o partido e devem indicar o nome nesta quarta, 19. Já no PSDB, o portal contribuinte apurou que o vereador Juari é o favorito.
Autor da proposta excluído da CPI
Autor de um dos requerimentos da CPI do Consórcio, o vereador Junior Coringa (MDB) ficará de fora da comissão diante do interesse de todos os partidos com maiores bancadas demonstrarem interesse em ter representante na CPI.
“Nosso requerimento que deveria ser discutido e não um segundo requerimento. Então a gente acha que fomos cruz de carro, porque o meu requerimento é que estava em discussão. E o meu requerimento tem alguns pontos que eu gostaria que fossem investigados, como o seguro cível, que é muito importante para a população se acontecer algum acidente no transporte. Hoje o transporte público não paga o seguro cível”, comentou o vereador Júnior Coringa.