A coccidiose é uma enfermidade bem conhecida das granjas de suínos. Causada pelo protozoário intracelular Cystoisospora suis, a afecção acomete principalmente os leitões entre o 5º e o 15º dia de vida. Sua sintomatologia é visualizada nos leitões lactentes e consiste em diarreia persistente, fétida, amarela a acinzentada, que dura entre 5 e 10 dias causando desidratação nos animais.
A dispersão dos protozoários pelo ambiente por meio das fezes destes leitões com diarreia ocorre muito rapidamente e, por serem altamente resistentes, os oocistos podem permanecer no ambiente por vários meses infectando novos animais. Alguns animais acometidos pela coccidiose desenvolvem um quadro subclínico da doença, quando ocorre a excreção dos oocistos para o ambiente por meio das fezes, porém sem a manifestação dos quadros de diarreia, o que aumenta ainda mais a pressão de infecção dentro das granjas, principalmente quando não há um manejo sanitário rigoroso ou eficiente.
Os índices de mortalidade relacionados à coccidiose são baixos, mas os prejuízos econômicos promovidos pela doença pesam no bolso do produtor. Estudos apontam que os leitões com coccidiose podem deixar de ganhar até 400g do nascimento até a desmama, quando comparados aos leitões sadios.
Além de impactar no desempenho produtivo dos suínos, alongando o período necessário para atingir o ganho de peso ideal em decorrência do comprometimento da conversão alimentar, a doença serve como uma porta de entrada para outras patologias que podem ser mais agressivas. Uma vez instalada na propriedade, as chances da coccidiose se tornar uma doença endêmica é muito grande.
Por ser altamente contagiosa, o investimento em medidas de biosseguridade, como boa higiene e desinfecção do ambiente, e adesão de vazio sanitário sempre que necessário, é tão importante quanto o tratamento proativo dos animais infectados e preventivo dos leitões recém-nascidos. Fica a dica!