A China anunciou nesta segunda-feira (16) que vai intensificar a introdução de novas variedades de soja, milho e trigo com o objetivo de fortalecer sua segurança alimentar. O Ministério da Agricultura do país informou que as novas cultivares incluem soja com alto teor de óleo, milho mais tolerante à densidade de plantio e trigo resistente a doenças.
A medida integra um esforço mais amplo do governo chinês para garantir maior produtividade agrícola e reduzir a dependência de importações. Segundo o comunicado oficial, o país também pretende otimizar os protocolos de testes de variedades, com destaque para o aumento progressivo da densidade de plantio no milho e na soja.
Atualmente, a China é o maior parceiro comercial do agronegócio brasileiro, respondendo por 31% das exportações do setor em 2024. A iniciativa pode impactar o mercado global de grãos, especialmente o Brasil, que tem na China seu principal destino para produtos como a soja.
Especialistas avaliam que a estratégia chinesa visa dar mais autonomia ao país em meio a tensões comerciais com os Estados Unidos e à crescente demanda por alimentos internamente.
A aceleração no desenvolvimento de sementes adaptadas é parte crucial dessa transição rumo a uma produção mais eficiente e resiliente.