“O que mais temos visto hoje é o benefício social que era para ser momentâneo se tornando eterno e concorrendo diretamente com postos de trabalho”, disse o presidente da CDL Campo Grande, Adelaido Vila
Há tempos, Campo Grande tem vivido o pleno emprego. São vagas de trabalho que até sobram. Só o setor de varejo de comércio e serviços tem 3 mil vagas abertas.
No entanto, por outro lado, 149,3 mil pessoas da Capital ainda recebem o Bolsa Família, conforme dados do Ministério do Desenvolvimento Social. A quantidade de pessoas acaba competindo com o mercado de trabalho.
A CDL deixa claro que não é contra benefícios sociais a todos que realmente precisam, mas vê como necessário uma grande revisão para que possa devolver ao mercado de trabalho todos os que estão aptos. Afinal de contas, muitas são as vagas e oportunidade de trabalho.
“O que mais temos visto hoje é o benefício social que era para ser momentâneo se tornando eterno e concorrendo diretamente com postos de trabalho. Lembrando que governos não são geradores de riqueza, quem gera riqueza é quem trabalha e que cada vez mais, é obrigado a trabalhar dobrado para garantir os tributos que sustentam o custo do estado brasileiro”, disparou o presidente da CDL Campo Grande, Adelaido Vila.
Em relação ao total de pessoas inscritas no CadÚnico (Cadastro Único) são 403,4 mil. A estimativa de pessoas em situação de pobreza é de 137,2 mil; e de baixa renda é de 111,9 mil.
Levantamento feito pela CDL Campo Grande mostra que na Capital são 496 mil pessoas economicamente ativa. Deste total, 84 mil são empregados do setor público; 140 mil do setor de serviços; 62 mil no comércio; 42 mil da indústria e construção; e 5,5 mil da agropecuária.
“Os trabalhadores do comércio, serviço, indústria e agro, eles geram riqueza para poder pagar os servidores públicos e pagar os beneficiados da assistência social. Os benefícios precisam ser revistos, Campo Grande está em pleno emprego, Campo Grande está precisando de gente para trabalhar”, pontuou.
Taxa de desemprego
Segundo dados do IBGE (Instituo Brasileiro de Geografia e Estatística), Mato Grosso do Sul tem a quarta menor taxa de desocupação do País. Campo Grande fica na segunda posição, com a menor taxa, 2,8%.