Mais um capítulo de inadimplência surge nas obras das megafábricas de celulose em Mato Grosso do Sul. Desta vez, o calote envolve a Arauco, gigante chilena que ergue em Inocência (MS) o que promete ser a maior planta de celulose do mundo. A empresa Dom Chef, responsável por fornecer refeições a trabalhadores do canteiro, cobra judicialmente R$ 663 mil da FPM, quarteirizada que teria descumprido contrato.
A ação foi movida após a Dom Chef alegar que deveria receber 5% dos R$ 23,5 milhões faturados pela FPM entre agosto de 2024 e junho de 2025. Apenas parte do valor foi paga, e o restante segue em aberto desde janeiro. A Arauco, apontada como devedora solidária, afirma cumprir rigorosamente seus contratos e não comenta processos em segredo de Justiça.
A situação remete aos diversos calotes ocorridos em 2024 na obra da Suzano, em Ribas do Rio Pardo, distante 70 km, onde empresas também recorreram à Justiça para tentar receber dívidas que somam mais de R$ 10 milhões. O novo impasse acende o alerta sobre a execução e fiscalização dos contratos em grandes obras industriais no Estado.