O Brasil tem se consolidado como um dos principais parceiros da China no agronegócio, impulsionado por inovações tecnológicas e pelo crescente intercâmbio entre os dois países. De importador, o país passou a ser um dos maiores exportadores mundiais de alimentos, especialmente soja, milho e carne bovina.
A demanda chinesa por alimentos, aliada à busca por sustentabilidade, tem fortalecido a colaboração bilateral. A Bayer, uma das líderes em soluções agrícolas, destinou globalmente mais de 2,6 bilhões de euros em pesquisa e desenvolvimento em 2024, com foco em sementes, biotecnologia e agricultura digital. Muitas dessas tecnologias já estão sendo aplicadas no Brasil.
Francila Calica, da Bayer, destaca que o Brasil é capaz de produzir até três safras por ano de forma sustentável, mesmo enfrentando condições tropicais adversas. Segundo Geraldo Berger, vice-presidente da empresa, as novas tecnologias são essenciais para lidar com pragas e doenças mais frequentes no país.
Durante encontros em Pequim, Brasil e China discutiram formas de acelerar a aprovação de biotecnologias. Hoje, algumas variedades só podem ser lançadas comercialmente após autorização dos chineses, o que pode levar até cinco anos.
A cooperação técnica entre os países é vista como estratégica para garantir segurança alimentar global e sustentabilidade na produção agrícola.