O presidente Lula reafirmou na segunda-feira (22), em Nova York, a importância da implementação da solução de dois Estados como caminho para a paz no Oriente Médio. Participando da Conferência Internacional para a Resolução Pacífica da Questão Palestina, Lula ressaltou que tanto Israel quanto Palestina têm direito legítimo de existir. Ele condenou veementemente o que chamou de “extermínio do povo palestino” em Gaza e criticou o uso da força que atinge civis, especialmente crianças.
Lula destacou que o conflito tem raízes históricas, originadas com o Plano de Partilha da ONU há 78 anos, que propôs a criação de dois Estados, mas até hoje apenas Israel se concretizou. Segundo o presidente, a estabilidade regional depende da criação de um Estado palestino viável, coexistindo pacificamente com Israel dentro das fronteiras de 1967, incluindo Jerusalém Oriental como capital.
O chefe do Executivo brasileiro também condenou ataques do Hamas, mas enfatizou que o direito de defesa não justifica massacres indiscriminados, destruição de lares e uso da fome como arma. Ele defendeu a criação de um órgão internacional inspirado no Comitê contra o Apartheid para garantir a autodeterminação palestina, reforçando a necessidade do multilateralismo para evitar novas atrocidades.
Lula concluiu pedindo maior humanidade e justiça para os povos da região, apontando que o respeito aos direitos humanos deve prevalecer para restaurar a paz e a dignidade no Oriente Médio.