Nos últimos meses, o governo americano tem considerado incluir o PCC e o Comando Vermelho (CV) em sua lista de organizações terroristas. Essa possibilidade, ainda não confirmada, está ligada à política dos EUA contra o narcotráfico e a sanções aplicadas após o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro. Especialistas da consultoria Eurasia Group destacam que a decisão pode ocorrer nos próximos meses, embora esbarre na complexidade de identificar conexões dessas facções com o setor privado.
O governo brasileiro, por sua vez, rejeita a classificação, alegando que a legislação nacional não enquadra esses grupos como terroristas, pois suas ações têm motivações econômicas, e não políticas ou ideológicas. O presidente Lula já manifestou preocupação com a presença militar americana no Caribe, temendo que a designação sirva de justificativa para intervenções externas.
A classificação do PCC como terrorista traria sanções econômicas severas, afetando bancos e empresas brasileiras com vínculos suspeitos, além de representar uma ingerência na soberania nacional. Por isso, o governo brasileiro prefere o combate interno e a cooperação regional para enfrentar as facções criminosas.