A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro protocolou na quarta-feira (13) no STF o pedido de absolvição na ação penal que investiga uma suposta trama golpista para reverter o resultado das eleições de 2022. No documento enviado ao ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, os advogados afirmam que Bolsonaro não participou de qualquer articulação para um golpe de Estado, tampouco dos atos de 8 de janeiro.
“A verdade, que a muitos não interessa, é que não há uma única prova que atrele o Peticionário ao plano ‘Punhal Verde e Amarelo’ ou aos atos dos chamados Kids Pretos”, afirmou a defesa, referindo-se aos núcleos investigados na ação.
Os advogados também classificaram o processo como “histórico e inusitado” e criticaram a postura da imprensa e da sociedade, que segundo eles já tratam os réus como culpados. Além disso, questionaram a validade da delação de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, apontando suposta manipulação nos depoimentos.
Com o fim do prazo para as alegações finais, cabe agora ao ministro Alexandre de Moraes liberar o caso para julgamento. A expectativa é que a Primeira Turma do STF analise a denúncia em setembro. Se condenados, os réus podem pegar mais de 30 anos de prisão.