O Brasil tornou-se, nos últimos anos, o principal fornecedor de soja para a China, responsável por 69% das compras do grão pelo país asiático em 2024. A mudança na balança comercial ocorreu após a guerra tarifária entre Estados Unidos e China, o que reduziu a participação americana para 22,8%.
Especialistas alertam, no entanto, que a dependência brasileira da China destino de 73% das exportações nacionais de soja exige uma estratégia de longo prazo. Em debate no Congresso Brasileiro de Soja, em Campinas (SP), diplomatas e analistas destacaram que o governo chinês investe para reduzir essa dependência, ampliando produção interna e buscando novos fornecedores.
Apesar dos riscos, há oportunidades para o Brasil: investimentos chineses em logística, genética e armazenamento, além de parcerias em energia renovável e recuperação de pastagens. O alerta é claro: a segurança econômica do agro depende de diversificação e planejamento estratégico.