Os contratos futuros do óleo de soja registraram alta de quase 7% nesta segunda-feira (16), refletindo tensões geopolíticas e mudanças no cenário energético global. A valorização foi puxada principalmente pelo agravamento do conflito entre Israel e Irã, que elevou os preços do petróleo, impulsionando os óleos vegetais como alternativa energética.
Outro fator decisivo foi o anúncio do Departamento de Energia dos EUA, que estabeleceu metas mais ambiciosas para o uso de combustíveis renováveis em 2026 e 2027. A medida deve ampliar a produção de biodiesel e diesel renovável, aumentando a demanda por óleo de soja no processo de esmagamento do grão.
Esse cenário favorece os preços internacionais, já que há expectativa de menor oferta de soja in natura no mercado interno norte-americano. Ao mesmo tempo, os produtores dos EUA enfrentam dificuldades nas exportações devido à guerra comercial com a China, o que torna o mercado doméstico ainda mais sensível a mudanças de política energética.
A combinação desses fatores elevou também os contratos futuros da soja em grão, indicando uma semana volátil para o setor agrícola global.