Após a histórica vitória em Monte Castelo no norte da Itália em 21 de fevereiro de 1945, a Força Expedicionária Brasileira (FEB) se destacou como um dos maiores feitos militares do Brasil na Segunda Guerra Mundial. O feito foi celebrado como símbolo de heroísmo, mas, após o fim da guerra, os veteranos enfrentaram anos de abandono e negligência. Sem uma política pública estruturada para reintegração, os pracinhas retornaram ao Brasil em busca de apoio, mas encontraram-se sem assistência, sem pensões e sem empregos.
Denúncias de abandono eram frequentes, como a feita pelo senador Caiado de Castro em 1958, que relatava a miséria e a falta de recursos dos ex-combatentes. Muitos deles, com sequelas físicas e psicológicas, eram ignorados pelo governo e, em alguns casos, até rejeitados pelos colegas militares. A assistência médica era precária, e a maioria dos veteranos enfrentava grandes dificuldades para sustentar suas famílias.
Apesar das promessas de reconhecimento, a construção de um mausoléu para os mortos e algumas leis que garantiam benefícios, como a Constituição de 1988, os veteranos continuaram a sofrer com a falta de apoio efetivo. Apenas décadas depois, a legislação começou a reconhecer os direitos dos ex-combatentes, mas, para muitos, era tarde demais. O abandono dos heróis da FEB permaneceu um triste capítulo na história do Brasil.





