quinta-feira, 18/09/2025

Desassoreamento do lago de contenção chega a 80% e já repercute no ecossistema do Parque das Nações Indígenas

O projeto de desassoreamento do lago de contenção de sedimentos do Parque das Nações Indígenas, em Campo Grande, alcançou 80% de sua execução e já revela mudanças significativas no ecossistema. O retorno de peixes e a presença de animais como capivaras, biguás, garças e martins-pescadores são sinais claros da recuperação ambiental.

Coordenada pelo Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul), a ação tem como objetivo preservar o equilíbrio ecológico e evitar que materiais sólidos comprometam a qualidade da água e a funcionalidade do lago principal do parque.

A remoção de sedimentos acumulados ao longo dos anos envolve escavadeiras hidráulicas, uma draga especializada e caminhões com capacidade para transportar até 10 metros cúbicos de material por viagem. A operação, que já contabiliza cerca de 1.400 viagens, é realizada de forma intensiva para cumprir o cronograma, que prevê a conclusão dos trabalhos em até 90 dias, salvo imprevistos climáticos.

O projeto de R$ 611 mil, financiado com recursos provenientes de compensações ambientais, é essencial para mitigar o risco de alagamentos durante o período de chuvas e evitar o assoreamento do lago principal.

Soluções preventivas nos córregos

Para reduzir o carreamento de sedimentos para o lago, foram implementados dois projetos importantes nos córregos Reveilleau e Manoel Português, que deságuam no lago. No Córrego Reveilleau, a Prefeitura construiu um piscinão com capacidade para reter até 22 mil metros cúbicos de água e sedimentos, reduzindo o impacto das enxurradas que antes desciam com velocidade para dentro do Parque.

No Córrego Manoel Português, o Governo do Estado executou obras de drenagem, soterramento de uma enorme erosão que havia se aberto dentro do Parque Estadual do Prosa como resultado de anos de ação da enxurrada, estabilização das margens e reflorestamento com espécies nativas, utilizando técnicas de bioengenharia para prevenir a erosão e reforçar o solo. Essas medidas impedem o assoreamento do lago principal do Parque das Nações Indígenas, garantindo a sustentabilidade a longo prazo.

Supervisão ambiental rigorosa

O Imasul monitora todas as etapas do projeto para garantir o cumprimento de normas ambientais. A disposição adequada dos sedimentos removidos, transportados para um areeiro homologado, e a aplicação de medidas de mitigação minimizam os impactos ambientais.

Além disso, o parque permanece aberto ao público, permitindo que visitantes desfrutem de suas áreas de lazer enquanto acompanham o avanço das obras.

Patrimônio natural e cultural

Com 116 hectares, o Parque das Nações Indígenas é um dos principais refúgios verdes de Campo Grande. Além de preservar a biodiversidade local, o espaço celebra as culturas indígenas, sendo um local de lazer e turismo.

Serviço:

O parque está aberto diariamente, das 6h às 21h. Informações atualizadas sobre o desassoreamento podem ser acompanhadas nas redes sociais do Imasul.

CATEGORIAS:

Últimas Notícias

Mais notícias

Governo antecipa 13º salário de servidores estaduais para setembro

O governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PP), anunciou a antecipação da primeira parcela do 13º salário dos servidores estaduais para o...

Dr. Luiz Ovando lidera encontro histórico de lideranças cristãs em Campo Grande

Deputado federal reuniu Damares Alves, Tereza Cristina, Marcelo Crivella e autoridades em defesa da vida, da família e da liberdade. Campo Grande foi palco, nesta...

Servidores de Campo Grande terão acesso a capacitação pelo Assomasul Gov MS 4.0

O fortalecimento da gestão pública nos municípios sul-mato-grossenses ganhou um novo capítulo nesta quinta-feira (11) com o lançamento oficial do programa Assomasul Gov MS...

Bodoquena recebe etapa da Liga Sul-Mato-Grossense de Futsal Sub-10

Bodoquena foi palco, no último fim de semana, de mais uma etapa da Liga Sul-Mato-Grossense de Futsal Sub-10, reunindo mais de 200 atletas acompanhados...