sábado, 26/04/2025

Desassoreamento do lago de contenção chega a 80% e já repercute no ecossistema do Parque das Nações Indígenas

O projeto de desassoreamento do lago de contenção de sedimentos do Parque das Nações Indígenas, em Campo Grande, alcançou 80% de sua execução e já revela mudanças significativas no ecossistema. O retorno de peixes e a presença de animais como capivaras, biguás, garças e martins-pescadores são sinais claros da recuperação ambiental.

Coordenada pelo Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul), a ação tem como objetivo preservar o equilíbrio ecológico e evitar que materiais sólidos comprometam a qualidade da água e a funcionalidade do lago principal do parque.

A remoção de sedimentos acumulados ao longo dos anos envolve escavadeiras hidráulicas, uma draga especializada e caminhões com capacidade para transportar até 10 metros cúbicos de material por viagem. A operação, que já contabiliza cerca de 1.400 viagens, é realizada de forma intensiva para cumprir o cronograma, que prevê a conclusão dos trabalhos em até 90 dias, salvo imprevistos climáticos.

O projeto de R$ 611 mil, financiado com recursos provenientes de compensações ambientais, é essencial para mitigar o risco de alagamentos durante o período de chuvas e evitar o assoreamento do lago principal.

Soluções preventivas nos córregos

Para reduzir o carreamento de sedimentos para o lago, foram implementados dois projetos importantes nos córregos Reveilleau e Manoel Português, que deságuam no lago. No Córrego Reveilleau, a Prefeitura construiu um piscinão com capacidade para reter até 22 mil metros cúbicos de água e sedimentos, reduzindo o impacto das enxurradas que antes desciam com velocidade para dentro do Parque.

No Córrego Manoel Português, o Governo do Estado executou obras de drenagem, soterramento de uma enorme erosão que havia se aberto dentro do Parque Estadual do Prosa como resultado de anos de ação da enxurrada, estabilização das margens e reflorestamento com espécies nativas, utilizando técnicas de bioengenharia para prevenir a erosão e reforçar o solo. Essas medidas impedem o assoreamento do lago principal do Parque das Nações Indígenas, garantindo a sustentabilidade a longo prazo.

Supervisão ambiental rigorosa

O Imasul monitora todas as etapas do projeto para garantir o cumprimento de normas ambientais. A disposição adequada dos sedimentos removidos, transportados para um areeiro homologado, e a aplicação de medidas de mitigação minimizam os impactos ambientais.

Além disso, o parque permanece aberto ao público, permitindo que visitantes desfrutem de suas áreas de lazer enquanto acompanham o avanço das obras.

Patrimônio natural e cultural

Com 116 hectares, o Parque das Nações Indígenas é um dos principais refúgios verdes de Campo Grande. Além de preservar a biodiversidade local, o espaço celebra as culturas indígenas, sendo um local de lazer e turismo.

Serviço:

O parque está aberto diariamente, das 6h às 21h. Informações atualizadas sobre o desassoreamento podem ser acompanhadas nas redes sociais do Imasul.

CATEGORIAS:

Últimas Notícias

Mais notícias

Lidio Lopes participa de reunião da UNALE sobre a COP30 em Belém

O deputado estadual Lidio Lopes participou, na última quinta-feira (24), da 3ª Reunião da Diretoria Executiva da UNALE, realizada em Belém (PA). O encontro...

Homem é preso após tentar vender moto furtada online

Um homem foi preso na manhã desta quarta-feira (23) após tentar vender pela internet uma motocicleta furtada em Campo Grande. O veículo, uma Yamaha...

Piloto de Moto morre após bater de frente com Kombi no bairro Estrela do Sul

Um piloto de moto de 66 anos morreu na tarde desta quarta-feira (23), após se envolver em um grave acidente na Avenida Prefeito Heráclito...

DNA Day Forense acontece nesta sexta-feira com série de palestras na UFMS

Campo Grande será palco, na próxima sexta-feira (25), do “1º DNA DAY Forense”, evento inédito promovido pelo Sindicato dos Peritos Oficiais Forenses de Mato...