O policial civil Augusto Torres Galvão Florindo, lotado no Garras, confessou ter recebido propina proveniente da venda de mercadorias contrabandeadas durante interrogatório após ser preso pela Polícia Federal. Ele e o ex-guarda municipal Marcelo Raimundo foram flagrados no momento em que ocorreriam o pagamento e a entrega dos valores em Campo Grande.
Ambos admitiram participação no esquema, revelando que os produtos negociados eram oriundos de apreensões desviadas por integrantes da própria corporação. Augusto afirmou que apenas recebia o dinheiro, mas evitou mencionar demais envolvidos na empreitada criminosa.
O policial alegou ter pensado que estava sendo vítima de roubo no momento da abordagem, justificando o gesto de sacar a arma. Durante o interrogatório, declarou arrependimento e afirmou que os valores recebidos não representavam “ganância”, embora reconhecesse a ilegalidade.
Justiça converteu a prisão em flagrante em preventiva e autorizou quebra de sigilo telefônico. A Polícia Civil abriu procedimento disciplinar e reforçou que o caso não envolve a instituição, mas exclusivamente o servidor investigado.
