O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), deixou o STF nesta quinta-feira (21) após prestar depoimento ao Ministro Alexandre de Moraes. O depoimento durou cerca de 3 horas e teve como foco as contradições entre os depoimentos dados por Cid em sua colaboração premiada e as investigações da PF sobre planos para assassinar autoridades, incluindo Moraes.
Cid foi indiciado no inquérito que apura uma tentativa de golpe de Estado após as eleições presidenciais de 2022, nas quais Bolsonaro foi derrotado. O ex-ajudante de ordens negou ter conhecimento sobre planos de assassinato de autoridades, embora o relatório da PF mencione sua possível participação no esquema.
Durante as investigações, foram recuperados dados apagados que indicam que Cid esteve envolvido em conversas sobre o golpe, com mensagens em que ele discutia a pressão sobre Bolsonaro para tomar medidas mais extremas, incluindo o uso das Forças Armadas. Cid permanece com os benefícios da delação premiada, enquanto as investigações continuam.
Cinco pessoas foram presas pela PF sob suspeita de estarem envolvidas no planejamento da morte do Ministro do STF Alexandre de Moraes, do presidente Lula (PT) e do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) em 15 de dezembro de 2022.
Os presos são:
- Mário Fernandes, general;
- Wladimir Matos Soares, policial federal;
- Hélio Ferreira Lima, tenente-coronel;
- Rafael Martins de Oliveira, tenente-coronel;
- Rodrigo Bezerra de Azevedo, tenente-coronel.
As prisões fazem parte da investigação de um plano golpista que visava impedir a posse de Lula, e os suspeitos seriam responsáveis por organizar ações violentas como parte da operação.