O senador Magno Malta (PL-ES) protagonizou uma cena inédita no Senado Federal ao se acorrentar na Mesa Diretora do plenário na quarta-feira (6), durante uma ocupação dos bolsonaristas que já dura mais de 24 horas. O ato faz parte da mobilização da oposição que exige a pauta imediata de três projetos apelidados de “pacote da paz”: o impeachment do ministro do STF Alexandre de Moraes, o PL da Anistia e o fim do foro privilegiado.
A mobilização ganhou força após a decisão de Moraes de conceder prisão domiciliar ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), provocando um acirramento entre apoiadores do ex-mandatário e as instituições. Em vídeo divulgado nas redes sociais, Magno Malta afirmou que só deixará a cadeira acorrentado “morto” ou caso a cúpula do Senado aceite os pedidos da oposição.
“Podem cortar meu ponto, meu salário, eu não vou registrar presença nem participar de comissões. Só saio depois que tudo isso acontecer”, declarou o senador, desafiando a Mesa Diretora e demonstrando disposição para prolongar o impasse no Congresso. A crise política segue gerando tensões entre os poderes e repercute nacionalmente.