Segundo o colunista do Estadão Francisco Leali, na próxima terça-feira, 25, a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) se reúne para decidir se o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros sete envolvidos irão ao banco dos réus. O julgamento, que promete ser rápido, abordará a denúncia contra o que é chamado de “núcleo 1” da tentativa de golpe de Estado. Em duas sessões, os ministros devem avaliar os indícios apresentados pelo Ministério Público, com a expectativa de que a denúncia seja recebida e a ação penal seja instaurada.
Embora a defesa de Bolsonaro tenha tentado questionar a legalidade do julgamento, é improvável que os pedidos sejam aceitos, considerando que a maioria do STF já rejeitou pedidos similares, como a tentativa de afastamento de ministros do julgamento. Isso sugere que, mesmo com a pressão das defesas, o processo seguirá com celeridade.
Em caso de condenação, os advogados de Bolsonaro devem recorrer ao plenário, onde todos os ministros do STF estarão envolvidos na decisão final. No cenário político, Bolsonaro já planeja seu futuro. Ele aposta que, em 2026, a composição do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) será diferente, com a mudança do presidente da corte, e sonha em repetir o script de Lula em 2018, quando o petista foi impedido de concorrer, mas se posicionou como vítima da justiça.
Essa estratégia poderá ser o caminho de Bolsonaro, com o intuito de se apresentar como injustiçado e retomar sua carreira política.