O interno acusado de matar a travesti Dandara Vick (34) no Instituto Penal de Campo Grande (IPCG), tem um histórico de violência em diversas unidades prisionais de Mato Grosso do Sul. Além de ser responsável pela morte de Dandara em 2024, ele esteve envolvido em pelo menos outros dois homicídios e agressões dentro de presídios.
Em agosto de 2024, o acusado agrediu outro detento no Presídio de Dourados, juntamente com três comparsas. A vítima, que sofreu um corte na cabeça, foi socorrida após ser atacada, e os agressores alegaram que a violência ocorreu por causa de um desentendimento interno na cela.
Já em 2020, ele foi um dos autores do assassinato de Valmir Pereira, de 38 anos, no Presídio de Paranaíba. Valmir foi estrangulado e agredido com um pedaço de madeira, sendo encontrado morto em uma cela do Regime Disciplinar Diferenciado (RDD). Ambos os assassinos confessaram o crime, mas divergiram sobre quem teria sido o mentor do ato.
No caso de Dandara, o assassinato ocorreu após desavenças entre os três internos envolvidos. A vítima foi encontrada com os pés e mãos amarrados e com uma toalha no pescoço, usada para asfixiar. Os agressores alegaram que o crime foi uma resposta a uma tentativa de esfaqueamento por parte de Dandara, justificando assim o ato de violência.
Esses incidentes revelam a crescente tensão e violência no sistema prisional de Mato Grosso do Sul, onde crimes como assassinatos, agressões e desentendimentos internos são comuns. As autoridades seguem investigando esses casos, buscando entender as dinâmicas de violência nas celas dos presídios.