O candidato Lee Jae-myung, do Partido Democrático (centro-esquerda), lidera a corrida presidencial na Coreia do Sul, com 50,6% dos votos, segundo pesquisas de boca de urna divulgadas nesta terça-feira, 3. Seu principal adversário, Kim Mon-soo, do conservador Partido do Poder Popular, aparece com 39,4%.
A eleição ocorre após meses de instabilidade política causada pela controversa imposição de lei marcial, em dezembro de 2024, pelo ex-presidente Yoon Suk Yeol. O decreto, derrubado após intensos protestos e pressão parlamentar, levou à sua destituição por impeachment em abril.
Com a vitória de Lee, a esquerda retorna ao poder em meio a uma das mais graves crises institucionais desde a redemocratização do país em 1987. O novo presidente assume quase de imediato e terá o desafio de restaurar a confiança pública, reaquecer a economia abalada por tarifas norte-americanas e lidar com tensões com a Coreia do Norte.
Lee, ex-governador e advogado de direitos humanos, é figura polêmica: enfrenta acusações judiciais, mas tem forte apoio popular. A eleição é vista como um referendo sobre a falida tentativa autoritária de Yoon, mais do que uma aprovação ao plano político de Lee.