terça-feira, 11/11/2025

Deputado Dr. Luiz Ovando critica invasão de competências e reafirma compromisso com o produtor rural

Após dez meses de audiências e debates, o Supremo Tribunal Federal (STF) encerrou, nesta segunda-feira (24), a fase de conciliação da Ação Declaratória de Constitucionalidade (ADC 87), que discutia a validade da Lei nº 14.701/2023, conhecida como Marco Temporal das Terras Indígenas. Embora o texto final da minuta mantenha a tese do marco — que limita a demarcação de terras indígenas àquelas ocupadas até 5 de outubro de 1988 — a decisão da Corte ainda gera forte resistência entre parlamentares da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA).
Um dos principais críticos da atuação do STF no tema é o deputado federal Dr. Luiz Ovando (PP-MS), médico e membro da FPA. Para ele, o Supremo tem ultrapassado sua função constitucional ao intervir diretamente em temas que são de competência do Congresso Nacional.

“O Congresso já votou, com ampla maioria, e aprovou a Lei do Marco Temporal. A insistência do STF em reabrir esse debate e criar uma minuta substitutiva é uma afronta ao Legislativo. Trata-se de mais uma invasão das prerrogativas do Parlamento, como infelizmente temos visto com frequência nos últimos tempos”, afirmou o parlamentar.
A fala de Dr. Luiz Ovando ocorre em um momento em que o campo vive crescente insegurança jurídica. Produtores rurais relatam invasões de terras por grupos que se autodeclaram indígenas, gerando conflitos e prejuízos econômicos em diversos estados, especialmente no Mato Grosso do Sul.
Durante os debates na FPA, o deputado também reforçou que a manutenção do marco temporal é fundamental para garantir estabilidade no campo e segurança para quem produz. Segundo ele, decisões judiciais que fragilizam a legislação vigente colocam em risco o direito de propriedade, aumentam os conflitos fundiários e desestimulam o investimento no setor produtivo.
“Seguirei firme na defesa do marco temporal, da legalidade e da Constituição que jurei respeitar. O Brasil precisa de estabilidade no campo, e não de decisões tomadas à margem da vontade popular”, declarou.
O STF informou que a proposta final elaborada pela Comissão Especial será enviada ao Congresso Nacional. Paralelamente, a FPA articula o avanço da PEC 48/2023, que pretende consolidar o marco temporal como cláusula constitucional, blindando a tese de futuras mudanças por meio do Judiciário.
Para Dr. Luiz Ovando, a luta ainda não terminou: “Se o STF não respeita o que foi aprovado pelo Congresso, cabe a nós constitucionalizar esse direito. Vamos seguir lutando por segurança jurídica, respeito à propriedade e desenvolvimento no campo”, finalizou.

CATEGORIAS:

Últimas Notícias

Mais notícias

NOVA ALVORADA DO SUL: Trabalho intenso após as chuvas!

A Secretaria Municipal de Obras está realizando manutenção em diversos pontos da cidade, com limpeza de bueiros, desobstrução de galerias pluviais e operação tapa-buracos. Após...

Lucas Lucco anuncia pré-venda de seu livro com brinde autografado

“Emoccionado”, primeiro livro de poesias do artista, será lançado em dezembro pela editora Planeta de Livros Brasil

HR de Ponta Porã realiza 1ª cirurgia por videolaparoscopia e marca avanço na assistência cirúrgica

O Hospital Regional de Ponta Porã realizou, pela 1ª vez, cirurgia utilizando a técnica de videolaparoscopia, método minimamente invasivo que representa um salto de...

Emprega CG retorna com o “Feirão do Novembro Azul” nessa segunda

Funsat (Fundação Social do Trabalho). Por meio da sua Agência de Intermediação, o órgão realiza mais uma edição do Emprega CG, que, após a...