A Defensoria Pública de Mato Grosso do Sul alerta para um colapso iminente na saúde de Campo Grande. Segundo a coordenadora do Núcleo de Atenção à Saúde, defensora Eni Maria Sezerino Diniz, a cidade enfrenta desabastecimento generalizado de medicamentos e insumos básicos, tanto na atenção primária quanto em serviços de urgência e emergência. Unidades de pronto atendimento e Centros Regionais de Saúde estão sem materiais essenciais, enquanto o aumento na procura por medicamentos de uso cotidiano evidencia que a rede pública não consegue atender às demandas básicas da população.
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) enfrenta falta de adrenalina, medicamento vital para casos graves, especialmente em um período de aumento de infartos e outras intercorrências cardíacas. A defensora alerta que toda a população está vulnerável, e a situação pode resultar em mortes evitáveis.
Diante da gravidade, a Defensoria expediu ofício à Secretaria Municipal de Saúde, concedendo 24 horas para apresentação de informações sobre o plano de contingência. Caso as respostas sejam insuficientes, medidas jurídicas emergenciais poderão ser acionadas, inclusive envolvendo o Ministério Público.
Além disso, a ocupação hospitalar aumentou significativamente, indicando que a atenção básica não está absorvendo os atendimentos iniciais e sobrecarregando unidades de maior complexidade. A Defensoria reforça que não permanecerá inerte e cobrará alternativas imediatas para proteger a população.
