A morte do papa Francisco na segunda-feira (21) abre caminho para um conclave inédito no Vaticano. Com início previsto entre 15 e 20 dias após o falecimento, a votação que escolherá o novo pontífice contará com uma composição mais diversa do que a vista em 2013, quando Jorge Bergoglio foi eleito. Naquele ano, 56% dos cardeais eleitores eram europeus. Agora, essa proporção caiu para 39%.
Essa mudança reflete o pontificado de Francisco, que privilegiou as “periferias” da Igreja, nomeando cardeais da África, Ásia e Oceania. Dos 136 cardeais eleitores, 108 foram escolhidos por ele. O Brasil terá sete representantes no conclave, sendo o terceiro país com maior número de votantes, atrás apenas de Itália (17) e Estados Unidos (10).
Entre os brasileiros, destaca-se Sérgio da Rocha, arcebispo de Salvador, único nome do país cotado internacionalmente como possível sucessor. Apesar disso, os favoritos são o italiano Pietro Parolin e o filipino Luis Tagle.
Com representantes de 73 países, o conclave de 2025 poderá consolidar o legado de descentralização de Francisco — e tornar realidade a eleição de um papa não europeu, o que ainda é inédito na história moderna da Igreja.