Um ano após as enchentes históricas que devastaram o Rio Grande do Sul, o estado ainda enfrenta grandes desafios para retomar a normalidade. A tragédia, que atingiu 478 dos 497 municípios gaúchos, deixou 184 mortos, 806 feridos e quase 200 mil desalojados ou desabrigados. Cidades inteiras ficaram submersas, e o mundo assistiu atônito à maior calamidade climática da história do estado.
Desde então, a mobilização de governos e sociedade civil tem sido intensa. O governo federal destinou R$ 111,6 bilhões em investimentos, enquanto o estado aplicou R$ 8,3 bilhões em ações emergenciais e de reconstrução. Medidas como o auxílio de R$ 5,4 mil para 420 mil famílias, programas de aluguel solidário e construção de moradias provisórias amenizaram parte dos impactos.
Ainda assim, milhares de famílias seguem sem uma solução definitiva de habitação, e a reconstrução da infraestrutura — como pontes e estradas — avança a passos lentos. Obras de contenção contra novas enchentes seguem travadas por falta de consenso técnico e político. Especialistas alertam que eventos extremos podem se repetir, exigindo agilidade e planejamento estrutural.
A resiliência dos gaúchos é visível, mas a reconstrução total ainda levará anos.