O MPMS intensificou a fiscalização sobre clínicas de estética em Campo Grande, abrindo investigações sobre mais oito comércios em bairros nobres como Carandá Bosque e Chácara Cachoeira. A ação visa verificar a legalidade de procedimentos invasivos, como a aplicação de substâncias como o PMMA, e assegurar que as clínicas atendem a padrões de segurança e saúde.
Essa nova medida eleva para 14 o número de clínicas investigadas, com foco na atuação de profissionais não médicos, o que já levou algumas a serem autuadas por infrações sanitárias. Algumas das irregularidades encontradas incluem o uso de materiais sem registro na Anvisa e o armazenamento inadequado de medicamentos.
A fiscalização ocorre em um momento crítico, com o uso de PMMA – um preenchedor estético polêmico – sendo debatido devido aos riscos à saúde, incluindo reações graves como necroses e até mortes. O caso de uma mulher que precisou gastar mais de R$ 20 mil para retirar a substância do corpo é um exemplo das complicações que o uso indevido pode causar.
Além disso, uma das clínicas investigadas, que possui grande número de seguidores no Instagram, se apresenta como especialista em tratamentos estéticos, como harmonização facial, apesar de ser conduzida por uma profissional de biomedicina, não médica. A fiscalização segue firme para proteger os consumidores e garantir que os serviços de estética sejam prestados com responsabilidade.